“E depois que o Senhor me deu irmãos, ninguém me mostrou o que eu devia fazer, mas o próprio Altíssimo me revelou que eu devia viver segundo a forma do santo Evangelho” (Testamento de São Francisco de Assis, 14).
Os primeiros capuchinhos
Entre as grandes reformas, surgidas de seio da Observancia, está incluída a capuchinha, mesmo que se apresente com características próprias e distintas. Frei Mateus de Bascio foi o iniciador e artífice inconsciente; um observante das Marcas, que, desejoso de seguir São Francisco na vida de pobreza, na pregação itinerante e na mesma forma de vestir, fugiu do convento de Montefalcone para ir pedir autorização ao papa. Tudo indica que obteve a licença, mas apenas oral, sem documento algum que a comprovasse, e isso o colocou na desgraça. Retornando para as Marcas, seu Ministro Provincial, João de Fano, o encarcerou como apóstata no convento de Rorano. Isto aconteceu nos primeiros meses de 1525.
Libertado do cárcere pela intercessão da Duquesa de Camerino, Caterina Cybo, que admirara sua caridade no atendimento aos enfermos durente a peste de 1523. No verão de 1525, apresentou-se a ele Frei LUdovico de Fossombrone que, em companhia de seu irmão, Frei Rafael, queria associar-se a ele no incipiente gênero de vida. Mateus, porém, não o acolheu, uma vez que não tinha licença para tanto e, talvez, porque os dois fonssombrones queriam levar vida eremítica habitanto em lugares solitários e não como peregrinos de acordo com a intenção de Mateus.
O cronista Mário de Mercato Saraceno escreve que Ludovico pedira ao Ministro Provincial para "coloc-alo em qualquer lugar muito pobre junto a frades que tenham a mesma intenção... e ali conviver de modo reformado". O seu pedido era compartilhado por muitos e isto preocupava a direção da Ordem em todos os níveis, com o receio de verem renovadas as divisões. No momento, Frei Ludovico não pensava ainda em criar uma nova família franciscana. Para ele bastava poder viver na solidão, na pura e fiel observância da Regra Franciscana. Não lhe foi permitido. Pelo contrário, como fugitivo do convento, foi considerado apóstatya e excomungado pelo MInistro Geral, Francisco Quiñones, dirante a visita quje realizou na Província das Marcas em novambro de 1525. Os fugitivos deveriam ser reconduzidos ao convento e, à força, submetidos à obediência.
Fugindo da perseguição movida contra eles, Ludovico e Rafarel refugiaram-se junto aos camaldulenses de Massacio (24 de março de 1526). Desta permanência junto aos camaldulenses, prolongada por diversos meses, a Reforma Capichinha guardará alguns sinais, entre outros, a denominação inicial de congregação de vida eremítica, o uso da barba e, no momento da aprovação pontifícia, a comunicação dos privilégios próprios dos camaldulenses. Atendo-se ao que escreve Bernardino de Colpetrazzo, a idéia de dar vida a uma congregação de eremitas totalmente desligados dos frades menores, teria sido sugerida a Frei Ludovico pelo camaldulense Jerônimo de Sessa.
Os dois primeiros documentos da Santa Sé, referentes aos iniciadores da reforma capuchinha, datam da primeira metade de 1526. No primeiro, de 8 de março, o para ordena a captura dos apóstatas Ludovico, Rafael e Mateus. Com o outro, 18 de março, o penitenciário maior, Cardeal Lourenço Pucci, outoriza aos referidos frades a viver independentes dos superidores da Observância, sob a proteção do bispo de Camerino. Foi isso que, finalmente, tornou Ludovico e Rafael livres para viver num eremitário pobrezinho, o de São Cristóvão de Arcofiato, a cerca de três quilômetros de Camerino. Aqui, Ludovico amadureceu o projeto de iniciar uma r]nova reforma franciscana, enquanto se dedicava inteiramente ao serviço de Deus e, também, dos homens ao menos durante o fragelo da peste quer se abateu sobre Camerino em meados de 1527. Talvez, além do conselho do camaldulense Jerônimo de Sessa, a isto o impulsionou o pedido de muitos frades observantes que, nas Marcas e em outros lugares, em vão, suplicavam aos p´roprios superiores que pudessem dispor de eremitérios, onde pudessem viver na solidão e fiéis à ovservância da Regra.
Vida doada
O modo de vida franciscana capuchinho quer ser uma vivência radical do Evangelho de Jesus Cristo. Este é o grande ideal de cada frade: viver e agir segundo a vontade de nosso Senhor Jesus Cristo. Esta vivência do Evangelho não acontece de forma individual, mas num grupo de irmãos, em fraternidade. Assim, os Capuchinhos buscam crescer sempre mais no seguimento de Jesus Cristo, não isolados, mas como os apóltolos, em unidade. Em são Francisco de Assis è que os frades se espelham para encarar este ideal de vida evangélica em fraternidade, vivendo em pobreza, obediencia e castidade.
Os primeiros capuchinhos
Entre as grandes reformas, surgidas de seio da Observancia, está incluída a capuchinha, mesmo que se apresente com características próprias e distintas. Frei Mateus de Bascio foi o iniciador e artífice inconsciente; um observante das Marcas, que, desejoso de seguir São Francisco na vida de pobreza, na pregação itinerante e na mesma forma de vestir, fugiu do convento de Montefalcone para ir pedir autorização ao papa. Tudo indica que obteve a licença, mas apenas oral, sem documento algum que a comprovasse, e isso o colocou na desgraça. Retornando para as Marcas, seu Ministro Provincial, João de Fano, o encarcerou como apóstata no convento de Rorano. Isto aconteceu nos primeiros meses de 1525.
Libertado do cárcere pela intercessão da Duquesa de Camerino, Caterina Cybo, que admirara sua caridade no atendimento aos enfermos durente a peste de 1523. No verão de 1525, apresentou-se a ele Frei LUdovico de Fossombrone que, em companhia de seu irmão, Frei Rafael, queria associar-se a ele no incipiente gênero de vida. Mateus, porém, não o acolheu, uma vez que não tinha licença para tanto e, talvez, porque os dois fonssombrones queriam levar vida eremítica habitanto em lugares solitários e não como peregrinos de acordo com a intenção de Mateus.
O cronista Mário de Mercato Saraceno escreve que Ludovico pedira ao Ministro Provincial para "coloc-alo em qualquer lugar muito pobre junto a frades que tenham a mesma intenção... e ali conviver de modo reformado". O seu pedido era compartilhado por muitos e isto preocupava a direção da Ordem em todos os níveis, com o receio de verem renovadas as divisões. No momento, Frei Ludovico não pensava ainda em criar uma nova família franciscana. Para ele bastava poder viver na solidão, na pura e fiel observância da Regra Franciscana. Não lhe foi permitido. Pelo contrário, como fugitivo do convento, foi considerado apóstatya e excomungado pelo MInistro Geral, Francisco Quiñones, dirante a visita quje realizou na Província das Marcas em novambro de 1525. Os fugitivos deveriam ser reconduzidos ao convento e, à força, submetidos à obediência.
Fugindo da perseguição movida contra eles, Ludovico e Rafarel refugiaram-se junto aos camaldulenses de Massacio (24 de março de 1526). Desta permanência junto aos camaldulenses, prolongada por diversos meses, a Reforma Capichinha guardará alguns sinais, entre outros, a denominação inicial de congregação de vida eremítica, o uso da barba e, no momento da aprovação pontifícia, a comunicação dos privilégios próprios dos camaldulenses. Atendo-se ao que escreve Bernardino de Colpetrazzo, a idéia de dar vida a uma congregação de eremitas totalmente desligados dos frades menores, teria sido sugerida a Frei Ludovico pelo camaldulense Jerônimo de Sessa.
Os dois primeiros documentos da Santa Sé, referentes aos iniciadores da reforma capuchinha, datam da primeira metade de 1526. No primeiro, de 8 de março, o para ordena a captura dos apóstatas Ludovico, Rafael e Mateus. Com o outro, 18 de março, o penitenciário maior, Cardeal Lourenço Pucci, outoriza aos referidos frades a viver independentes dos superidores da Observância, sob a proteção do bispo de Camerino. Foi isso que, finalmente, tornou Ludovico e Rafael livres para viver num eremitário pobrezinho, o de São Cristóvão de Arcofiato, a cerca de três quilômetros de Camerino. Aqui, Ludovico amadureceu o projeto de iniciar uma r]nova reforma franciscana, enquanto se dedicava inteiramente ao serviço de Deus e, também, dos homens ao menos durante o fragelo da peste quer se abateu sobre Camerino em meados de 1527. Talvez, além do conselho do camaldulense Jerônimo de Sessa, a isto o impulsionou o pedido de muitos frades observantes que, nas Marcas e em outros lugares, em vão, suplicavam aos p´roprios superiores que pudessem dispor de eremitérios, onde pudessem viver na solidão e fiéis à ovservância da Regra.
Frei Mariano D'Alatri. Os capuchinhos.
Fontes documentárias e narrativas do primeiro século (1525-1619). pp. 19-22
Vida doada
O modo de vida franciscana capuchinho quer ser uma vivência radical do Evangelho de Jesus Cristo. Este é o grande ideal de cada frade: viver e agir segundo a vontade de nosso Senhor Jesus Cristo. Esta vivência do Evangelho não acontece de forma individual, mas num grupo de irmãos, em fraternidade. Assim, os Capuchinhos buscam crescer sempre mais no seguimento de Jesus Cristo, não isolados, mas como os apóltolos, em unidade. Em são Francisco de Assis è que os frades se espelham para encarar este ideal de vida evangélica em fraternidade, vivendo em pobreza, obediencia e castidade.
Somos irmãos, vivemos em fraternidade, oramos individualmente e em comum, partilhamos juntos refeições e tempo, ajudando-nos mutuamente a crescer, como em uma família. Nossas comunidades, que se chamam fraternidades, são lugares de alegria e de hospitalidade.
Somos uma fraternidade evangélica, Jesus de Nazaré é nosso guia para levarmos uma vida simples e humilde no meio do povo. A vida de Cristo, a Sagrada Escritura, São Francisco e os seus escritos constituem a nossa inspiração.
Por Jesus fomos enviados a pregar, antes de tudo com o exemplo de vida, depois de muitas maneiras práticas: oração e contemplação, trabalho pastoral, serviços sociais, ministérios de assistência, atividades missionárias, publicações e informação, etc.
Assim como São Francisco foi tocado pelo Espírito Santo de Deus, muito jovens, ainda hoje, sentem-se chamados a consagrar suas vidas em busca de uma saciedade mais justa, humana e fraterna, levando a todos a mensagem do Senhor, como fez, são Félix, padre Pio, frei Damião e tantos outros que dão testemunho pelo mundo afora.
Contudo, Deus chama e escolhe os que ele quer para esta vida. O trabalho da Pastoral Vocacional do Capuchinhos da Província Nossa Senhora da Penha, que abrange os estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, é realizado com muito amor e seriedade.
Normalmente os frades de cada fraternidade fazem a promoção vocacional local, e há sempre alguns frades especialmente dedicados a este trabalho, oferecendo acompenhamento personalizado aos jovens que desejam entrar para esta vida.