sexta-feira, 20 de maio de 2011

Irmã Dulce, testemunho de consagração a Deus e amor aos irmãos.


"Devemos ver a imagem de Deus na presença do doente que nos bate a porta" (Irmã Dulce)




     "Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor" (1Jo 4, 8). Grande conhecedora de Deus, pois muito amou. Amou a Deus na pessoa dos pobres e os pobres na Pessoa de Deus Uno-Trino. Assumiu verdadeiramente os compromissos da consagração, a exemplo do Cristo "Cabeça e Bom Pastor" (Cf. Dabo Vobis), numa auto-doação, no serviço, em particular aos pobres e doentes. Irmã Dulce, "Beata da Bahia", interceda por nós, vocacionados e vocacionadas do Altíssimo.



"Vivemos a vida de Cristo na vida do pobre" (Irmã Dulce)


CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

49ª Assembleia Geral da CNBB

Aparecida-SP, 4 a 13 de maio de 2011 49ª AG (Doc)



Beatificação da Irmã Dulce

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e o povo cristão exultam de alegria pelo reconhecimento por parte da Igreja Católica das virtudes da Irmã Dulce – Anjo Bom da Bahia - e por sua beatificação no próximo dia 22 de maio, em Salvador, sua terra natal.

Dignou-se Deus chamar a jovem Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes para um serviço especial junto ao seu povo, em particular os pobres, os doentes, também pessoas rejeitadas por serem portadores de necessidades especiais. Deixando tudo, tornou-se religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e é designada para um serviço em sua cidade.

No hospital, em contato mais próximo com os doentes, intensificou no seu coração os clamores dos pobres sofredores inteiramente desamparados, a maioria dos quais sem qualquer tipo de assistência. Daí, a decisão de entregar-se a esta causa chegando, inclusive, com o apoio de muitos irmãos e irmãs, a abrir uma casa para acolher doentes por ela encontrados nas ruas, sem rumo e abandonados. Outros vinham bater à sua porta já sabedores de que lá encontrariam guarida.

Sua espiritualidade era nutrida pela Eucaristia, oração, Palavra de Deus, e devoção a Nossa Senhora. A confiança na Providência Divina que se lhe manifestava em diversas ocasiões e, muitas vezes, de forma surpreendente, nunca lhe trazia constrangimento em estender as mãos para pedir ajuda a fim de saciar a fome de pão e saúde aos que a procuravam e a encorajava para seguir adiante vendo em cada sofredor o próprio Cristo Jesus.

A beatificação de Irmã Dulce nos faz mergulhar na profundidade do mistério de nossa fé para pedir a graça de vivermos o caminho de santidade, pois esta é a nossa vocação; também nos interpela quanto ao nosso modo de ver a pessoa humana e sua dignidade.

O Papa Bento XVI, ao fazer o reconhecimento das virtudes da Irmã Dulce, nos exorta a assumirmos nossa fé, em gestos concretos, “para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10)




Aparecida, 07.05.2011

Fonte: CNBB

terça-feira, 17 de maio de 2011

Estágio Vocacional 2011 - Atenção!

     Caros vocacionados e amigos das vocações, paz e bem! Acontecerá nos dia 26 de Junho a 03 de Julho, no convento de Maceió, o estágio vocacional 2011. Este encontro é direcionado para os jovens pré-postulantes, isto é, aqueles jovens que já concluíram os estudos e têm, no mínimo, um ano de acompanhamento vocacional. Desde já contamos com a colaboração e orações de todos.


     O tema geral do encontro será "Ser irmão menor". Este será o horizonte das temáticas que serão ministradas pelos freis e pela psicóloga, Drª Joselete. Veja temáticas abaixo:

*Auto-conhecimento, indispensável no relacionamento (Dra. Joselete);

* Ser fransciscano-capuchinho hoje – Valores e identidade frente aos desafios contemporâneos (Frei Franklin);

* A laicidade do nosso carisma (Frei Tiago Santos);


*Vida dos santos (Frei Acácio).

* Historia da província (Frei Jociel Gomes)


Oração pelas vocações

Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: Vem e segue-me! Derrama sobre nós o teu espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor que a messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino na vida consagrada e religiosa. Senhor que o rebanho não se perca por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade dos nossos Bispos, Padres e Ministros. Dá perseverança aos nossos seminaristas. Desperta o coração dos nossos jovens para o ministério pastoral em sua igreja. Pastor da messe e Pastor do rebenho chama-nos para o serviço de teu povo. Maria Mãe da Igreja, modelo dos servidores do evangelho ajuda-nos a responder SIM.

Você quer colaborar com esta missão?
Seja um amigo das vocações!

Deposite qualquer quantia na conta:
PROVOCAÇÕES
Agência 1850-3
C/C 13456-2
Banco do Brasil
Escreva para nós: freitiagofelipe@yahoo.com.br

MARIA, A GRANDE VOCACIONADA DO PAI





01. “Maria, Maria, é o dom, uma certa magia, uma força que nos alerta... Quem traz no corpo essa marca, Maria, mistura a dor e a alegria...”. Neste mês de maio, o conhecido e tradicional “Mês de Maria”, queremos, ainda que rapidamente, redescobrir Nossa Senhora, essa criatura tão perto de Deus e tão perto de nós. “Uma pessoa cheia da luz divina, sem deixar de ser humana”. E queremos vê-la e contemplá-la na sua missão de vocacionada, discípula, seguidora, missionária do Pai.

02. Jesus é o Messias e o Salvador, que inaugura o Reino de Deus, novo tempo de felicidade e de alegria para todos, especialmente para os pobres. Fala da bondade de Deus ao acolher e perdoar os pecadores. Para a implantação do Reino cerca-se de apóstolos, discípulos e outros seguidores. Enfim, acolhe pessoas muito diferentes para a construção do Reino, não importando sua fama, seu passado, sua instrução... (cf. Lc 2,11; 4,8; 5,20; 7,36-49; 8,1s; 9,1-6; 10,1-11).

Na “parábola do semeador”, da terra e da semente, Jesus deixa claro que o seu seguidor e o seu aprendiz necessitam desenvolver qualidades ou atitudes: A que caiu na terra boa são os que ouvem a palavra com coração reto e bom, retêm-na e dão fruto pela perseverança (Lc 8,15). Três palavras-chave resumem o ser-cristão: ouvir, acolher, frutificar. Com esse molde nas mãos, Lucas vai pintar os traços característicos da figura de Maria. Mostra que Ela tem exatamente as qualidades distintivas do verdadeiro seguidor de Jesus. Ela ouve a Palavra com uma fé incondicional, guarda-a no coração com zelo invejável e a coloca em prática com uma fidelidade sem precedentes.

03. Na Anunciação (cf. Lc 1,26-38) Maria acolhe a proposta de Deus, do qual procede sempre a iniciativa. O anúncio do anjo Gabriel tem algo de original, uma vez que não só prepara o nascimento de Jesus, mas também mostra a vocação de Maria e sua resposta generosa. Diante do apelo de Deus, Maria responde prontamente. O seu “Sim” ecoa forte e cheio de generosidade, como a terra virgem que, cheia de viço, acolhe as sementes. Toda disponível a Deus, num entrega repassada de fé, Maria une a liberdade com a vontade: Eis aqui a servidora do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38). Arrisca-se, joga-se nas mãos de Deus com absoluta confiança. Isabel vai relembrar-lhe: Bem-aventurada és tu que creste (Lc 1,45a).

Meditando a Palavra divina no seu coração, e também os acontecimentos (cf. Lc 2,51), Maria nos ensina a cultivar de um modo constante a interioridade e a nos preparar para acolher e vivenciar o que Deus quer de nós (cf. Lc 2,19.51). A exemplo dela, somos convidados a meditar fatos e palavras da vida e da Bíblia, melhorando assim a nossa prática, a nossa vivência cristã.

Maria, de certo, quer a renovação espiritual e apostólica de todos nós que somos Igreja, na resposta de amor e dedicação total a Cristo. Ela que fez a vontade do Pai, pronta na obediência, corajosa na pobreza, acolhedora na virgindade fecunda, seja a nossa estrela-guia na vivência das exigências do nosso batismo.

04. A evidente piedade mariana de São Francisco de Assis foi conhecida e reconhecida desde a primeira geração franciscana. Frei Tomás de Celano assim nos fala: Abraçava a Mãe de Jesus com indizível amor, pelo fato que ela tornou nosso irmão o Senhor da majestade. Cantava-lhe louvores especiais, derramava preces, oferecia afetos tantos e tais que a língua humana não poderia exprimir. Mas o que mais nos alegra é que ele a constituiu advogada da Ordem e confiou à sua proteção os filhos que haveria de deixar para serem aquecidos e protegidos até o fim. – Ó advogada dos pobres! Cumpri para nós o ofício de tutora até ao tempo predeterminado pelo Pai (2Cel 198).
Frei José Soares OFMCap