Santa Clara de Assis
Clara, fiel discípula de Jesus, viu na vida de São Francisco o caminho que conduz à perfeição da caridade: ser outro Cristo no mundo. Deixou tudo para tudo encontrar. Deixou riquezas corruptíveis e direcionou seu coração para as riquezas eternas. Nobre da cidade de Assis, mas sua verdadeira nobreza adiquiriu ao abraçar a santa pobreza.
"Ó feliz pobreza, que conferes riquezas eternas àqueles que a amam e abraçam. Ó santa Pobreza, àquele que a têm e desejam, Deus promete o Reino dos céus e se apresenta, sem dúvida, a glória eterna e a vida bem-aventurada. Ó pia pobreza, que o Senhor Jesus Cristo se dignou abraçar, mais do que tudo, ele que regia e rege o céu e a Terra, Ele, por cuja palavra foram criados. Pois as rapasas, disse ele, têm suas tocas e as aves do céu seus ninhos, mas o Filho do Homem, isto é, Cristo, não tem onde reclinar a cabeça, mas, tendo inclinado a cabeça, entregou o espírito" (Santa Clara 1ª Carta a Santa Inês de Praga).
Nobre da pobreza, Clara de Assis, com o coração ardento pelo fogo do Espírito de Deus, deixou sua condição confortável e "feliz" para responder a um simples convite: "Vem e segue-me". Resposta que transformou sua vida; a transformou em luz. Luz que ilumiou os corações de muitas jovens, que inquietas pela voz do Senhor buscavam, assim como Clara, dá-Lhe uma resposta. Clara abriu caminho ao Pai. Eis, pois as Damas da pobreza.
Fiel seguidora de São Francisco optou por uma vida sem privilégios. Confiar totalmente na providência divina foi sua principal convicção. "Grande, com efeito, e louvável é a troca: abandonar as coisas temporais pelas eternas; merecer os bens celestes em troca dos terresnos; receber cem por um, e possuir uma vida feliz para sempre" (1CCL).
Olhando para nossa vida hoje, homens e mulheres, cristãos e crsitãs, será que o testemunho dessa grande mulher teria algo a nos dizer? Será que a luz que irradia de seu testemunho não nos faz ver o quanto estamos distantes do caminho certo? Meros consumidores de lixo, eis o que somos! Olhar para a vida dessa mulher é ver o quanto lutamos por coisas que não mecerem tal esforço; o quanto lutamos pelo supérfluo. Olhemos ao nosso redor e respondamos: onde está nosso coração?
Optamos por amar o Senhor, mas nossas atitudes optam por outra coisa. Estamos tendo muitas coisas ao invés de sermos muitas coisas para o Reino de Deus. Quem ama faz de tudo para está jundo à pessoa amada. Deixa tudo para simplismente vê-la, pois sente que seu coração é preenchido. Por que "amando"o Senhor nosso coração ânseia por bens tão supérfluos? Falta sinceridade e confiança, eis o problema!
Clara nos ensina a "decidir" por amar a Deus. Ter com um Senhor um relacionamento de amor profundo, no qual não há traições: idolatrias. Decidir, na libertade, por amar o Senhor é deixar de amar tudo aquilo que nos distancia dele e aprender a amar o que nos aproxima.
Amar o ser humano (principalmente os mais necessitados), amar a natureza (lutar em defesa do cosmo no qual vivemos), amar a vida( não ao aborto, não as drogas, não a violencia, não aos abusos a menores não aos etc...). Isso é amar a Deus. Em outras palavras, amar a Deus é a afirmar o homano.
Poderíamos elencar inúmeras ações de desamor, mas cremos que cada um de nós sabe onde está traindo o Senhor. Ouçamos, portanto, seu apelo no testemunho dessa frágio e vigorosa mulher de Assis: convertam-se e creiam no Evangelho!